Blog Layout

Falta de caminhoneiros no mercado: o que causou a crise?

AVEP Brasil • 13 de janeiro de 2021

Chegamos em um momento crítico no setor de transportes terrestres no país: a falta de caminhoneiros. Apesar de existirem muitos profissionais rodando, o Instituto Paulista do Transporte de Carga (IPTC) conduziu uma pesquisa apontando que o Brasil segue os passos da América do Norte e da Europa sem precedentes. 


A pesquisa mostrou que há uma queda grande no número de motoristas habilitados para conduzir caminhões pesados, apesar do crescimento médio de 1,4% desse número em 2015. Naquele ano, 5.605.511 profissionais estavam habilitados na categoria C e complementares. 


Contudo, o cenário já se alterou no período seguinte e mesmo em 2020 o número recua cada vez mais, com perda de quase 1 milhão de profissionais. 


Quais os fatores que podem ter causado a crise?

A idade dos profissionais

Pode-se responsabilizar a idade desses motoristas como um dos fatores para a queda do número citado antes. Ou seja, em 2010, a maioria dos motoristas estava na faixa de 41 e 50 anos de idade, mas em 2020 houve o envelhecimento desses profissionais, que agora tem 51-60 anos. 


Olhando para os mais novos (18-21 anos), houve uma queda de 64,1% e se iguala a mesma proporção dos
caminhoneiros entre 22 e 25 anos (63,7%). Isso nos leva a crer que pouquíssimas pessoas começam na profissão quando atingem a maioridade e isso pode ser um bom motivo para a crise no número de caminhoneiros. 


Mais demissões do que contratações

Outro motivo foi a crise econômica de 2014, sendo que 2016 foi o ano mais negativo com mais de duas mil demissões a mais que contratações. Em contrapartida, 2018 em diante houve um crescimento de contratações. 


Podemos observar também que o mês de Outubro de todos os anos é o mais movimentado em termos de contratações, motivo pelo final de ano do comércio, com datas comemorativas e feriados, como o natal. Se Outubro é o mês que mais contrata, maio é o mês que mais demite a cada ano. 


Sendo assim, motoristas podem se programar para o próximo passo na carreira, e as empresas transportadoras conseguem evitar a alta rotatividade nos meses de alta demanda. 


Mesmo assim, não podemos esquecer da crise sanitária causada pelo
novo coronavírus. No ano de 2020 a população dependeu e muito do transporte terrestre de cargas para entregar suprimentos básicos e encomendas de maneira geral. 


Desligamentos a pedido

Seguindo o tópico de desligamentos, muitos profissionais também pediram demissão. Com isso, percebe-se que está faltando mão-de-obra e isso faz com que transportadoras busquem profissionais de outras empresas e até de outros ramos, como os condutores de uber.


Nesse último caso, as empresas recrutam e oferecem cursos de habilitação da categoria de veículos pesados. Contudo, esse processo não é vantajoso para nenhuma empresa, já que o  treinamento de um novo colaborador e o tempo de adaptação dele na cultura do ambiente de trabalho levam a uma perda de produtividade e pode custar milhões de reais. 


Por que muitas empresas têm dificuldades para contratar?

Apesar do número ter diminuído, muitos profissionais estão buscando uma inserção no mercado de transportes terrestres. Porém, muitas empresas encontram dificuldades em contratar devido à pouca qualificação de candidatos. As qualificações comuns mais pedidas são:


E você, já conversou com outros irmãos de estrada sobre a falta de caminhoneiros no mercado? Para conferir conteúdos relacionados a este,
acompanhe o blog da AVEP Brasil.

Share by: