Chegamos em um momento crítico no setor de transportes terrestres no país: a falta de caminhoneiros. Apesar de existirem muitos profissionais rodando, o Instituto Paulista do Transporte de Carga (IPTC) conduziu uma pesquisa apontando que o Brasil segue os passos da América do Norte e da Europa sem precedentes.
A pesquisa mostrou que há uma queda grande no número de motoristas habilitados para conduzir caminhões pesados, apesar do crescimento médio de 1,4% desse número em 2015. Naquele ano, 5.605.511 profissionais estavam habilitados na categoria C e complementares.
Contudo, o cenário já se alterou no período seguinte e mesmo em 2020 o número recua cada vez mais, com perda de quase 1 milhão de profissionais.
Pode-se responsabilizar a idade desses motoristas como um dos fatores para a queda do número citado antes. Ou seja, em 2010, a maioria dos motoristas estava na faixa de 41 e 50 anos de idade, mas em 2020 houve o envelhecimento desses profissionais, que agora tem 51-60 anos.
Olhando para os mais novos (18-21 anos), houve uma queda de 64,1% e se iguala a mesma proporção dos
caminhoneiros entre 22 e 25 anos (63,7%). Isso nos leva a crer que pouquíssimas pessoas começam na profissão quando atingem a maioridade e isso pode ser um bom motivo para a crise no número de caminhoneiros.
Outro motivo foi a crise econômica de 2014, sendo que 2016 foi o ano mais negativo com mais de duas mil demissões a mais que contratações. Em contrapartida, 2018 em diante houve um crescimento de contratações.
Podemos observar também que o mês de Outubro de todos os anos é o mais movimentado em termos de contratações, motivo pelo final de ano do comércio, com datas comemorativas e feriados, como o natal. Se Outubro é o mês que mais contrata, maio é o mês que mais demite a cada ano.
Sendo assim, motoristas podem se programar para o próximo passo na carreira, e as empresas transportadoras conseguem evitar a alta rotatividade nos meses de alta demanda.
Mesmo assim, não podemos esquecer da crise sanitária causada pelo
novo coronavírus.
No ano de 2020 a população dependeu e muito do transporte terrestre de
cargas para entregar
suprimentos básicos e encomendas de maneira geral.
Seguindo o tópico de desligamentos, muitos profissionais também pediram demissão. Com isso, percebe-se que está faltando mão-de-obra e isso faz com que transportadoras busquem profissionais de outras empresas e até de outros ramos, como os condutores de uber.
Nesse último caso, as empresas recrutam e oferecem cursos de habilitação da categoria de veículos pesados. Contudo, esse processo não é vantajoso para nenhuma empresa, já que o treinamento de um novo colaborador e o tempo de adaptação dele na cultura do ambiente de trabalho levam a uma perda de produtividade e pode custar milhões de reais.
Apesar do número ter diminuído, muitos profissionais estão buscando uma inserção no mercado de transportes terrestres. Porém, muitas empresas encontram dificuldades em contratar devido à pouca qualificação de candidatos. As qualificações comuns mais pedidas são:
E você, já conversou com outros irmãos de estrada sobre a falta de caminhoneiros no mercado? Para conferir conteúdos relacionados a este,
acompanhe o blog da AVEP Brasil.
Todo o Brasil. Com sedes fixas em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Goiás.
0800-887-1131